O apoio espiritual vem de todas as idades, desde os mais velhos até os mais novos. Luan, crente de 10 anos, muito atento ao que acontece com as crianças na cidade da Beira, espera que os petizes daquela cidade voltem a estudar.
Sempre com um sorriso estampado no rosto, muito tímido, agarrado à mãe, Luan Bin Abudou disse que naquela missa ele pretendia rezar pelas crianças que estão na Beira, pois as mesas (crianças) perderam tudo, inclusive os livros de distribuição gratuita.
Enquanto as crianças não regressam às salas de aula, e a vida na globalidade não se normaliza, as orações dos crentes procuram confortar aos que vivem e pedem paz de espírito para os que partiram.
A missa é também para “mostrar que as pessoas da Beira não estão sozinhas, e que Maputo e o mundo estão a colocá-las nas suas orações”, contou Julieta Inroga.
Por sua vez, Aida Vicente disse que “este é um momento muito crítico para o país, e que, por isso, é importante que todos ajudem com tudo o que puderem”.
Para além do conforto espiritual, padres e pastores esperam que os crentes contribuam também com produtos de primeira necessidade. Neste ponto, o pastor Fernando Bata revela que já tem produtos “como arroz, açúcar e óleo, mas que são apenas o começo porque os crentes irão contribuir ainda com ofertório especial e mais doações”.
Por sua vez, o pastor Ventura Cumbuia, exortou a que os crentes contribuíssem mais nas diversas acções de apoiou as vítimas do ciclone Idai, e explicou que “o evento (Idai) calhou com o tempo de quaresma”, momento em que os crentes são chamados a, entre outros, serem mais solidários com o próximo.
As orações deste domingo tinham um significado profundo, afinal mais de 440 pessoas morreram e milhares ainda precisam de apoio.
Lembrar que, até aqui, a Cruz Vermelha de Portugal mobilizou três aviões de ajuda humanitária incluindo mais de 400 mil euros para Beira, região afectada pelo ciclone Idai.
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